quinta-feira, 21 de maio de 2009

Espírito Como Espaço

O ESPÍRITO SANTO
É a condição de Deus ao homem para que não se vivesse no princípio terrestre (Gn 6.3)

Depois do pecado o homem ficou propenso ao pecado, a retirada então do Espírito de Deus do homem se fez pertinente porque não consegue vencer o princípio terrestre.
Veja por exemplo, que o princípio do Espírito é o perdão, mas nós insistimos em não perdoar; o Princípio do Espírito é nos levar a ser mais que vencedores, mas veja como sempre estamos desanimando no meio da luta; O princípio do Espírito é nos fazer servir e agradar a Deus, mas veja o quanto o desagradamos. Por isso é que se fez necessário uma nova vida, pela qual o Espírito de Deus pudesse comunicar as verdades de Divinas no coração do homem.
O Ruah tem como princípio nos levar à dimensão de Deus, nos tirando das amarras do pecado.
Todas as vezes que aparece o desânimo, a vontade de parar, de vingar, brigar, xingar, significa que o agimos no princípio da carne, da terra. No caso de um relacionamento, um dos lados pode ser levado a desanimar porque não teve uma retroalimentação daquilo que investiu. O Ruah sempre busca uma comunicação, um diálogo, onde não acontece, e prevalece um princípio terrestre ele não pode permanecer. Não se está tratando aqui da habitação do Espírito mas da ação. O salvo, lavado e remido pelo Sangue de Cristo, nunca perde o Espírito de Deus, mas podemos apagar sua ação. (Não apagueis o Espírito Santo de Deus).

O RUAH YAHWE NA NOSSA INTERIORIDADE

1- PRESENÇA ATUANTE DE DEUS

Acontecer da presença atuante de Deus que penetra até o mais íntimo da existência humana (Sl 139.7,23). Nada fica fora do conhecimento de Deus, não há como fugir, ele preenche todas as coisas. E com isso perscruta o mais íntimo do homem. Essa ação do ruah não é para o conhecimento de Deus de nós, mas para nos conduzir ao nosso autoconhecimento, a fim de promovermos as mudanças necessárias para o crescimento espiritual, para entendermos no que é preciso mudar para resolução de problemas.
O interessante de tudo isso é que embora ele penetre o mais íntimo da existência humana, ele só nos revela aquilo para qual estamos aberto para compreendermos. Por isso é que não acontecem às mudanças, não é porque Deus não está agindo, é que Ele está esperando nossa abertura e maturidade para enfrentarmos determinadas situações inescrupulosas em nossa vida. Veja que Davi tinha conhecimento que tinha errado, porque quando o profeta vai e conversa com ele (pecado com Betsabá), ele fica indignado, mas só houve o reconhecimento, quando as palavras do profeta o fizeram olhar para dentro de si, ai aconteceu à manifestação da ação do ruah dentro dele para sua consciência atitudinal. A transformação acontece quando se tem coragem de olhar para dentro (espiritualidade – caminho para dentro). O externar então se torna pungente, e curativo, fica mais fácil a resolução de conflitos.

2- FORÇA VITAL DAS CRIATURAS

Quando a Bíblia nos diz que “O Pó volta a terra e o Espírito a Deus que o deu”, não se trata aqui do Espírito Humano, mas desse princípio de Deus que age como força para produzir a vitalidade, para fazer com que tudo aquilo que está programado, projetado para acontecer venha à lume.
Por isso que Quando a Bíblia fala de 2ª morte, em Apocalipse, é porque esse princípio vital, funciona na condição de levar os homens ao encontro de Deus, a agir dentro dos princípio de Deus. Quando isso não acontece, então esse princípio que promove o mover, a atitude, a ação para Deus é tirado, sendo assim o homem morre, ou seja, separa-se totalmente de Deus. Morte espiritual é isso, é quando o espírito de Deus não age mais produzindo forças para que o homem se volte para Deus. E isso tudo por causa da dureza do coração humano. Note que é aqui que se configura a “Blasfêmia contra o Espírito Santo”. Ele luta em nós para nos elevar ao amor, à vida, á comunicação, a intimidade, a comunhão com o criador. Se ele não consegue, então é retirado e ai o homem não consegue mais se elevar a Deus. A Bíblia nos diz em I Co 12 que só há propalação do Senhor como tal, pelo Espírito. Se ele é retirado então não há mais reconhecimento do Senhorio de Cristo. Se não há, então não se tem condições de se fazer parte do reino de Deus. Então no que tange a 2ª morte é destruído o santuário do espírito, e eles receberão um corpo de maldição para condenação eterna, a separação total de Deus. Não há mais vitalidade (vida dinâmica e produtiva), não terá nem força mais para buscar a Deus, para apenas um grande vazio, uma dor profunda, uma angústia descomunal, uma condenação incessante, um princípio de morte.