quinta-feira, 16 de junho de 2011

Caminhos de Espiritualidade

Estamos em um momento da igreja na face da terra, crucial. Confunde-se Espiritualidade com uma série de coisas: Mantras, animismo, emocionalismo, encontros que se exaltam a manipulação via teatros que visam chamar ás emoções à tona, como um caminho para se introduzir as "verdades" que se quer.
E como é difícil ser um caminho diferente, uma opção de culto racional, no qual há compreensão do que realmente se está sentindo ou fazendo no âmbito da adoração a Deus.
O que choca é que a maior descoberta a partir do Renascimento faz-se presente de uma forma bem perojada, em que tudo gira em torno dos interesses humanos, Deus é o servo para os caprichos do homem, obrigado a responder a revelia de sua própria vontade e onisciência. O que importa é o desejo e necessidades humanas.
Pensar em espiritualidade é superar a si mesmo, buscando o Deus que está incrustado em nós. É descortinar o velho homem, até descobrir a imagem e semelhança de Deus em nós. E para mim isso é santidade, distanciar-se do Velho homem para se aproximar do Deus presente em nós.
O que é mais importante é que Espiritualidade é dar vida, dar sentido, achar o sentido, no sentido de direção e no sentido de compreensão. É procurar o sentido de sua existência, e é tê-la não a partir de coisas, mas em si mesmo.
Mas há um problema sério na idéia de vida espiritual de hoje. O homem está tão centralizado, tão em busca de seus próprios interesses que não consegue mais deixar Deus ser Deus. Nossas músicas todas centralizam o homem e o programa para receber e buscar tudo para si.
Este texto não tem o intuito de tratado teológico, apenas de refletir sobre a atual situação, quem sabe como uma luta pelo discurso a fim de acordar os jeús, Hazaéis e mais 7.000 que não se prostram em torno da atual situação da espiritualidade brasileira. é só um começo, vem mais ai,

Que Deus nos ilumine.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O chamado no propósito maior de Deus

A Bíblia nos diz que Deus criou o homem para o louvor da sua Glória, logo isso caracteriza como a base do nosso trabalho parao Senhor.
Hoje fragmentou-se a idéia de chamado, como se fosse a participação em ministério no seio da igreja do Senhor, porém entendo que nosso "pra quê" está em fazer cumprir em nossa vida a manifestação da glória de Deus em tudo que nos propomos a fazer para o Senhor. Sendo assim o que temos de Deus é uma potencialização de Deus, nos chamando para pertencer (discipulado), para ser (justificação/regeneração/justificação/adoção de filhos), e para fazer (manifestar em nossa vida, a partir de nossas vocações sejam espirituais, sejam de habilidades o modo de ser e fazer do Pai Celestial.
Implica aqui em dizer que a aplicabilidade do chamado parte de cada um de nós para o outro, ou para a criação (II co 11.23). Só que não se consegue atingir o objetivo de manifestar Deus se não tivermos a condição do auto-esvaziamento, no qual nossos interesses coadunam com os interesses de Deus, como aconteceu com Cristo (a minha comida e a minha bebida é fazer a vontade do meu pai).
É importante entender que só compreender-se-á a vontade de Deus se tivermos a condição de repensarmos sempre nossa prática, como humanos (nosso vir sendo), buscando entender as vertentes de nossa prática, levando-as a coadunarem com o desejo de Deus. Isto nos leva ao segundo modo de auto-reflexão, que é o encontro consigo mesmo, entendendo a raíz de desejos, traumas, neuras etc... O que prejudica muito na manifestação de Deus em nós, porque se não nos compreendermos confundiremos nossos desejos como propósito d´Ele. Se conseguirmos compreender cada vez mais a nós mesmos, conseguiremos agir com alteridade, convivendo e demonstrando o amor de Deus ao outro a partir do outro, com respeito, fidelidade, justiça, convivendo na diferença do outro sem impor a sua própria diferença numa interligação do reino do outro com o reino do meu e o reino do nosso.

Se conseguirmos entender que o chamado é para manifestar Deus no mundo, compreenderemos que a vocação, talento, sejam eles quais forem surgem como aparatos por onde o Pai se manifesta no amor ao outro. Logo, o emprego, e qualquer forma de manifestação humana na sociedade surgem como caminhos por onde Deus pode aparecer e ser sentido por todos.

Pense Nisso...