quinta-feira, 17 de novembro de 2011

PREOCUPAÇÕES

Quão perigoso é quando a Bíblia é usada para autenticar nossas idéias. Corremos riscos inimagináveis em tal intento. Acredito que Cristo veio para que aprendêssemos a entender a revelação de Deus no nosso viver diário, e é óbvio numa luta intensa de desvincularmos de nossas perversões incrustradas no velho homem. Vejo que este é um momento para pararmos e refletirmos não no que queremos provar a partir de nossos interesses, mas a partir dos interesses do Pai. E não tenho condições de afirmar verdades, mas de descobrí-las após ter cuidado com os vários fermentos que podem contaminar a minha "massa". Ve-se discussões intermináveis e cada um de nós puxando a "sardinha" para o nosso prato e isto é altamente perigoso é uma igreja que percebo está vivendo na corda bamba da pós-modernidade. Momentos de incertezas. É hora de silêncio para escutarmos a voz da revelação do pai dentro de cada um de nós, estamos defendendo e brigando por um monte de coisa e é o meu pensar, parece que estamos atirando para tudo quanto é lado para provarmos nossas teses. enquanto isso algo passa desapercebido, aquilo que deveríamos realmente enxergar para o nosso crescimento,

Que Deus nos ilumine sempre

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Caminhos de Espiritualidade

Estamos em um momento da igreja na face da terra, crucial. Confunde-se Espiritualidade com uma série de coisas: Mantras, animismo, emocionalismo, encontros que se exaltam a manipulação via teatros que visam chamar ás emoções à tona, como um caminho para se introduzir as "verdades" que se quer.
E como é difícil ser um caminho diferente, uma opção de culto racional, no qual há compreensão do que realmente se está sentindo ou fazendo no âmbito da adoração a Deus.
O que choca é que a maior descoberta a partir do Renascimento faz-se presente de uma forma bem perojada, em que tudo gira em torno dos interesses humanos, Deus é o servo para os caprichos do homem, obrigado a responder a revelia de sua própria vontade e onisciência. O que importa é o desejo e necessidades humanas.
Pensar em espiritualidade é superar a si mesmo, buscando o Deus que está incrustado em nós. É descortinar o velho homem, até descobrir a imagem e semelhança de Deus em nós. E para mim isso é santidade, distanciar-se do Velho homem para se aproximar do Deus presente em nós.
O que é mais importante é que Espiritualidade é dar vida, dar sentido, achar o sentido, no sentido de direção e no sentido de compreensão. É procurar o sentido de sua existência, e é tê-la não a partir de coisas, mas em si mesmo.
Mas há um problema sério na idéia de vida espiritual de hoje. O homem está tão centralizado, tão em busca de seus próprios interesses que não consegue mais deixar Deus ser Deus. Nossas músicas todas centralizam o homem e o programa para receber e buscar tudo para si.
Este texto não tem o intuito de tratado teológico, apenas de refletir sobre a atual situação, quem sabe como uma luta pelo discurso a fim de acordar os jeús, Hazaéis e mais 7.000 que não se prostram em torno da atual situação da espiritualidade brasileira. é só um começo, vem mais ai,

Que Deus nos ilumine.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O chamado no propósito maior de Deus

A Bíblia nos diz que Deus criou o homem para o louvor da sua Glória, logo isso caracteriza como a base do nosso trabalho parao Senhor.
Hoje fragmentou-se a idéia de chamado, como se fosse a participação em ministério no seio da igreja do Senhor, porém entendo que nosso "pra quê" está em fazer cumprir em nossa vida a manifestação da glória de Deus em tudo que nos propomos a fazer para o Senhor. Sendo assim o que temos de Deus é uma potencialização de Deus, nos chamando para pertencer (discipulado), para ser (justificação/regeneração/justificação/adoção de filhos), e para fazer (manifestar em nossa vida, a partir de nossas vocações sejam espirituais, sejam de habilidades o modo de ser e fazer do Pai Celestial.
Implica aqui em dizer que a aplicabilidade do chamado parte de cada um de nós para o outro, ou para a criação (II co 11.23). Só que não se consegue atingir o objetivo de manifestar Deus se não tivermos a condição do auto-esvaziamento, no qual nossos interesses coadunam com os interesses de Deus, como aconteceu com Cristo (a minha comida e a minha bebida é fazer a vontade do meu pai).
É importante entender que só compreender-se-á a vontade de Deus se tivermos a condição de repensarmos sempre nossa prática, como humanos (nosso vir sendo), buscando entender as vertentes de nossa prática, levando-as a coadunarem com o desejo de Deus. Isto nos leva ao segundo modo de auto-reflexão, que é o encontro consigo mesmo, entendendo a raíz de desejos, traumas, neuras etc... O que prejudica muito na manifestação de Deus em nós, porque se não nos compreendermos confundiremos nossos desejos como propósito d´Ele. Se conseguirmos compreender cada vez mais a nós mesmos, conseguiremos agir com alteridade, convivendo e demonstrando o amor de Deus ao outro a partir do outro, com respeito, fidelidade, justiça, convivendo na diferença do outro sem impor a sua própria diferença numa interligação do reino do outro com o reino do meu e o reino do nosso.

Se conseguirmos entender que o chamado é para manifestar Deus no mundo, compreenderemos que a vocação, talento, sejam eles quais forem surgem como aparatos por onde o Pai se manifesta no amor ao outro. Logo, o emprego, e qualquer forma de manifestação humana na sociedade surgem como caminhos por onde Deus pode aparecer e ser sentido por todos.

Pense Nisso...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Espírito Como Espaço

O ESPÍRITO SANTO
É a condição de Deus ao homem para que não se vivesse no princípio terrestre (Gn 6.3)

Depois do pecado o homem ficou propenso ao pecado, a retirada então do Espírito de Deus do homem se fez pertinente porque não consegue vencer o princípio terrestre.
Veja por exemplo, que o princípio do Espírito é o perdão, mas nós insistimos em não perdoar; o Princípio do Espírito é nos levar a ser mais que vencedores, mas veja como sempre estamos desanimando no meio da luta; O princípio do Espírito é nos fazer servir e agradar a Deus, mas veja o quanto o desagradamos. Por isso é que se fez necessário uma nova vida, pela qual o Espírito de Deus pudesse comunicar as verdades de Divinas no coração do homem.
O Ruah tem como princípio nos levar à dimensão de Deus, nos tirando das amarras do pecado.
Todas as vezes que aparece o desânimo, a vontade de parar, de vingar, brigar, xingar, significa que o agimos no princípio da carne, da terra. No caso de um relacionamento, um dos lados pode ser levado a desanimar porque não teve uma retroalimentação daquilo que investiu. O Ruah sempre busca uma comunicação, um diálogo, onde não acontece, e prevalece um princípio terrestre ele não pode permanecer. Não se está tratando aqui da habitação do Espírito mas da ação. O salvo, lavado e remido pelo Sangue de Cristo, nunca perde o Espírito de Deus, mas podemos apagar sua ação. (Não apagueis o Espírito Santo de Deus).

O RUAH YAHWE NA NOSSA INTERIORIDADE

1- PRESENÇA ATUANTE DE DEUS

Acontecer da presença atuante de Deus que penetra até o mais íntimo da existência humana (Sl 139.7,23). Nada fica fora do conhecimento de Deus, não há como fugir, ele preenche todas as coisas. E com isso perscruta o mais íntimo do homem. Essa ação do ruah não é para o conhecimento de Deus de nós, mas para nos conduzir ao nosso autoconhecimento, a fim de promovermos as mudanças necessárias para o crescimento espiritual, para entendermos no que é preciso mudar para resolução de problemas.
O interessante de tudo isso é que embora ele penetre o mais íntimo da existência humana, ele só nos revela aquilo para qual estamos aberto para compreendermos. Por isso é que não acontecem às mudanças, não é porque Deus não está agindo, é que Ele está esperando nossa abertura e maturidade para enfrentarmos determinadas situações inescrupulosas em nossa vida. Veja que Davi tinha conhecimento que tinha errado, porque quando o profeta vai e conversa com ele (pecado com Betsabá), ele fica indignado, mas só houve o reconhecimento, quando as palavras do profeta o fizeram olhar para dentro de si, ai aconteceu à manifestação da ação do ruah dentro dele para sua consciência atitudinal. A transformação acontece quando se tem coragem de olhar para dentro (espiritualidade – caminho para dentro). O externar então se torna pungente, e curativo, fica mais fácil a resolução de conflitos.

2- FORÇA VITAL DAS CRIATURAS

Quando a Bíblia nos diz que “O Pó volta a terra e o Espírito a Deus que o deu”, não se trata aqui do Espírito Humano, mas desse princípio de Deus que age como força para produzir a vitalidade, para fazer com que tudo aquilo que está programado, projetado para acontecer venha à lume.
Por isso que Quando a Bíblia fala de 2ª morte, em Apocalipse, é porque esse princípio vital, funciona na condição de levar os homens ao encontro de Deus, a agir dentro dos princípio de Deus. Quando isso não acontece, então esse princípio que promove o mover, a atitude, a ação para Deus é tirado, sendo assim o homem morre, ou seja, separa-se totalmente de Deus. Morte espiritual é isso, é quando o espírito de Deus não age mais produzindo forças para que o homem se volte para Deus. E isso tudo por causa da dureza do coração humano. Note que é aqui que se configura a “Blasfêmia contra o Espírito Santo”. Ele luta em nós para nos elevar ao amor, à vida, á comunicação, a intimidade, a comunhão com o criador. Se ele não consegue, então é retirado e ai o homem não consegue mais se elevar a Deus. A Bíblia nos diz em I Co 12 que só há propalação do Senhor como tal, pelo Espírito. Se ele é retirado então não há mais reconhecimento do Senhorio de Cristo. Se não há, então não se tem condições de se fazer parte do reino de Deus. Então no que tange a 2ª morte é destruído o santuário do espírito, e eles receberão um corpo de maldição para condenação eterna, a separação total de Deus. Não há mais vitalidade (vida dinâmica e produtiva), não terá nem força mais para buscar a Deus, para apenas um grande vazio, uma dor profunda, uma angústia descomunal, uma condenação incessante, um princípio de morte.